O vice-governador José Eliton
(PSDB) partiu para o tudo ou nada, ao aceitar se o Cherifão de Goiás, num
momento em que a segurança pública está em frangalhos e exige cuidados especiais.
O projeto do tucano de chegar ao Palácio das Esmeraldas poderá dar certo ou
mergulhar no fundo do poço e enterrar sua carreira política. Entretanto, nesse
mesmo sentido, diversos casos semelhantes ocorreram de forma positiva. Foi à
boa atuação de Demóstenes Torres na segurança pública, que o fez um dos
senadores mais respeitados do país, nos seus tempos de Glória no Congresso
Nacional. Na disputa pelo Senado, Demóstes derrotou o todo poderoso Iris
Rezende.
O Luiz Antônio Fleury de São
Paulo foi outro exemplo. Após sua atuação como secretário de segurança pública
no mais importante estado brasileiro, ele derrotou para o governo de São Paulo:
Mário Covas e Paulo Maluf. Vale lembrar, que foi Fleury como governador, que
deu a ordem para o massacre de Carandirú. No dia 2 de outubro de 1992, a
rebelião dos presidiários do pavilhão 9, da Casa de Detenção Carandirú,
resultou na maior chacina da história das penitenciárias brasileiras: a morte
de 111 detentos, o que afundou Fleury. Apesar das vantagens e da visibilidade
que pode ter um secretário de segurança pública, o momento em Goiás é muito
ruim para qualquer gestor da área. Portanto, José Eliton foi audacioso e
arriscou o seu nome em prol de uma causa que tem que ser resolvida.
A estrutura atual da segurança
deixa muito a desejar; apesar do estado ter gastado mais com segurança pública
do que com a saúde. O índice da criminalidade aumentou assustadoramente em
Goiânia e no interior. No Entorno de Brasília e Nordeste Goiano, de onde o
vice-governador é oriundo, a criminalidade está no mesmo patamar da “Baixada
Fluminense”, no Rio de Janeiro. O vice-governador é otimista e só olha para
frente. Ele inclusive estuda a possibilidade de aproveitar a experiência do
coronel Ricardo Rocha em sua equipe. Preso pela Operação 6º mandamento, Rocha
foi acusado da participação de grupo de extermínio. Contudo por onde ele atuou
como comandante da Polícia Militar, o povo o quer de volta. O vice-governador
José Eliton, certamente precisará de um nome respeitado para compor sua chapa
em 2018. Aos poucos surgiram diversos nomes, mas o de maior respaldo nos
bastidores do Palácio das Esmeraldas e na Assembléia Legislativa goiana trata-se do prefeito de Hidrolândia, cidade
localizada a 30 km de Goiânia, Paulo Sérgio, conhecido como Paulinho.
Paulinho ficou famoso em Goiás e
em todo país, quando atuou como goleiro e reserva do Rogério Ceni no São Paulo.
Depois de dois anos naquele clube, Paulinho
jogou em diversos clubes do país e ao se aposentar voltou para sua
cidade natal, onde se elegeu prefeito. Formado em Administração de empresas e
gestor competente, ele foi considerado um dos melhores prefeitos do país em
2015. Para que Paulinho seja o vice de José Eliton, ele teria que se desfi liar
do DEM comandado por Ronaldo Caiado em Goiás. Caido deverá ser o principal
adversário de José Eliton em 2018.
Vale lembrar ainda, que além do
destaque como administrador competente, o Paulinho é muito prestigiado no
Palácio das Esmeraldas, onde é chamado constantemente para saborear o famoso
doce de ambrosia servido por Marconi Perillo, além de participar constantemente
das comitivas que acompanham o governador Brasil afora.

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